Muitos se enganam ao achar o que o balé
clássico é francês...
No século XVI, Catarina de Médici, chega na
França, vinda da Itália, que é o berço do Renascimento, traz consigo artistas
que já produziam óperas e balés de cortes, como era chamado na época e seu
coreógrafo Baltasar Beaujoyeux.
Baltasar transformou o balé de corte em balé
teatral, ou seja, passou a utilizar diferentes elementos da linguagem
artística. Sua primeira montagem foi o “Ballet Comique de La Reine” em 1581, com
duração de 6 horas aproximadamente, o espetáculo foi apresentado para em média
de 10.000 pessoas.
Este acontecimento foi o marco para o que
conhecemos hoje como balé clássico.
Baltasar considerava a dança como uma
organização de desenhos geométricos. Nessa época as coreografias eram vistas de
cima, em bancadas, balcões e camarotes, o estilo era chamado de “basse danse”
(dança baixa), com passos rasteiros, cadenciados e contados, sem muitas
evoluções complexas e saltos, até por causa das vestimentas nobres e máscaras
utilizadas.
No século XVII, o rei da França Luís XIV,
interpretou seu o papel REI SOL em 1653, o primeiro dos 26 que interpretou como
bailarino. Nesse século era muito comum serem oferecidas festas para os nobres,
com bailados dramatizados
.
Foi nessa época que o 1º grande Maître de
ballet (mestre de dança) Charles-Loius-Pierre Beauchamps começou a sistematizar
a dança e criou as 5 posições para manter o equilíbrio, seja em movimento ou
parado.
Beauchamps com Lully e Moliére desenvolvem o
“Opera Ballet” na Itália, anos depois Lully, vai para França e o introduz nos
palcos junto com os balés de corte.
Mas foi só em 1661 que o rei da França fundou
a “Academia Real de Dança e Música”, em 1681 Lully começa introduzir bailarinos
profissionais nos balés e com isso há o aprimoramento da técnica clássica e
Beauchamps cria alguns passos dos quais conhecemos até hoje, como o “grand
jeté”.
Em
1725, foi publicado o sistema de dança com princípios criados por Beauchamps,
mas foi o Rauol-Auger Feuillet, discípulo de Beauchamps, que apresentou 460
diferentes passos, dos quais são usados até hoje, o plié, glissé e o en dehors.
Em 1789, Noverre, outro Maître, apresentou o
1º balé que rompeu de vez com o estilo ópera. Aboliu as máscaras, encurtou as
vestimentas e se preocupou com as técnicas e formação dos bailarinos. Trouxe a
leveza para os palcos.
Somente no século XVIII é que as sapatilhas
de ponta foram incluídas no balé clássico, com a Maria Tagliore, a primeira bailarina
subir nas pontas. Nesse mesmo período os bailarinos passaram a dar suporte para
as bailarinas e elas passaram a “brilhar” nos balés.
No século XIX, o balé continua se
aperfeiçoando sendo criado novas e grandes escolas, na Rússia, França, Itália e
Inglaterra. Hoje novas escolas e técnicas são desenvolvidas, na Cuba, EUA e
China.
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