segunda-feira, 25 de setembro de 2017

História do Balé Clássico

Muitos se enganam ao achar o que o balé clássico é francês...

No século XVI, Catarina de Médici, chega na França, vinda da Itália, que é o berço do Renascimento, traz consigo artistas que já produziam óperas e balés de cortes, como era chamado na época e seu coreógrafo Baltasar Beaujoyeux.

Baltasar transformou o balé de corte em balé teatral, ou seja, passou a utilizar diferentes elementos da linguagem artística. Sua primeira montagem foi o “Ballet Comique de La Reine” em 1581, com duração de 6 horas aproximadamente, o espetáculo foi apresentado para em média de 10.000 pessoas.

Este acontecimento foi o marco para o que conhecemos hoje como balé clássico.
Baltasar considerava a dança como uma organização de desenhos geométricos. Nessa época as coreografias eram vistas de cima, em bancadas, balcões e camarotes, o estilo era chamado de “basse danse” (dança baixa), com passos rasteiros, cadenciados e contados, sem muitas evoluções complexas e saltos, até por causa das vestimentas nobres e máscaras utilizadas.

No século XVII, o rei da França Luís XIV, interpretou seu o papel REI SOL em 1653, o primeiro dos 26 que interpretou como bailarino. Nesse século era muito comum serem oferecidas festas para os nobres, com bailados dramatizados
.
Foi nessa época que o 1º grande Maître de ballet (mestre de dança) Charles-Loius-Pierre Beauchamps começou a sistematizar a dança e criou as 5 posições para manter o equilíbrio, seja em movimento ou parado.

Beauchamps com Lully e Moliére desenvolvem o “Opera Ballet” na Itália, anos depois Lully, vai para França e o introduz nos palcos junto com os balés de corte.

Mas foi só em 1661 que o rei da França fundou a “Academia Real de Dança e Música”, em 1681 Lully começa introduzir bailarinos profissionais nos balés e com isso há o aprimoramento da técnica clássica e Beauchamps cria alguns passos dos quais conhecemos até hoje, como o “grand jeté”.

 Em 1725, foi publicado o sistema de dança com princípios criados por Beauchamps, mas foi o Rauol-Auger Feuillet, discípulo de Beauchamps, que apresentou 460 diferentes passos, dos quais são usados até hoje, o plié, glissé e o en dehors.

Em 1789, Noverre, outro Maître, apresentou o 1º balé que rompeu de vez com o estilo ópera. Aboliu as máscaras, encurtou as vestimentas e se preocupou com as técnicas e formação dos bailarinos. Trouxe a leveza para os palcos.

Somente no século XVIII é que as sapatilhas de ponta foram incluídas no balé clássico, com a Maria Tagliore, a primeira bailarina subir nas pontas. Nesse mesmo período os bailarinos passaram a dar suporte para as bailarinas e elas passaram a “brilhar” nos balés.
No século XIX, o balé continua se aperfeiçoando sendo criado novas e grandes escolas, na Rússia, França, Itália e Inglaterra. Hoje novas escolas e técnicas são desenvolvidas, na Cuba, EUA e China.

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