terça-feira, 26 de setembro de 2017

Pílula do dia: A discriminação do homem na dança

Mesmo o Brasil sendo o segundo país a ter a Escola Teatro Bolshoi e o um dos maiores festivais de dança do mundo – Festival de Dança Joinville, sofre com a discriminação e preconceito dos homens que praticam balé clássico, seja como profissão, ou seja, para entretenimento.

Essa discriminação muitas vezes vem de casa, quando os pais não apoiam os meninos para ingressarem no ballet, dizendo ser “coisa de menina e/ou mariquinha”. Isso é uma questão cultural.

Hoje se encontram muitos rapazes fazendo aula e em companhias, mas não crianças, justamente pela falta de apoio dos familiares nessa fase.

Acredita-se que todos os bailarinos são homossexuais, há de fato aqueles que procuram na dança uma forma de se libertar da repressão familiar, o que é errôneo, pois não é a dança que vai determinar a orientação sexual de um bailarino.

O treinamento é o mesmo para todos os bailarinos, seja homossexual ou não, e no palco para dançar o balé clássico, dança de salão, moderno ou contemporâneo, bem como outras danças de casais, também não há distinção de orientação sexual, todo bailarino vai interpretar papéis masculinos,   dando suporte para as bailarinas no caso de pas de deux. O treinamento vai envolver postura, disciplina e força.

Dá uma olhada nessa reportagem sobre carreira dos bailarinos...
https://globoplay.globo.com/v/2277110/





Um comentário:

  1. Se o Brasil olhasse pra Dança e nao so para o ballet seria normal homens dançarem!!! Quando se estuda historicamente o contexto sócio-cultural do europeu que veio para o Brasil e do ballet essa construção cultural se justifica!! Fruto das cruzadas cristãs e da repressão da Igreja Católica o ibérico se tornou extremamente machista e definiu o dançar as mulheres é o tocar aos homens haja visto nossas tradições. Com o ballet ocorreu o mesmo fenômeno pois a dança molda um corpo longilineo e esbelto, sem pêlos, diferente do considerado másculo pelos latinos (espanhóis, portugueses, italianos, germanos) que vieram para o Brasil né, home s rústicos, inquisidores, marujos, fazendeiros, degredados, bandidos, etc.
    Eu, que pesquiso as dancas de matrizes africanas por exemplo percebo que esse preconceito nao se justifica nessas culturas o de homens dançam e muito, inclusive ha danças específicas masculinas como Dunumba da Guiné chamada de "Dança dos homens fortes". Na Africa do Sul temos o gumboot (botas de borracha), danca dos mineiros que se danca percurtindo nas chamadas botas que estes usavam. Temos no Brasil o côco de zambê, feita só por homens. Outro dia estava no Al janiah um bar palestino onde muitos desses imigrantes começaram uma linda dança só com homens o de todos dançavam numa fila com braços nos ombros uns dos outros. Nas populações indigenas do Brasil também ha inumeras dancas com homens e mulheres, os árabes possuem danças masculinas também. Portanto nas dancas tradicionais afro-ameríndias, esquecidas e não consideradas "Dança" ha um enorne contigente masculino (côco, jongo,maracatu, batuque de umbigada, samba paulista, bumba meu boi, forró,capoeira, cacuriá, carimbó, ciranda, boi de mamão, samba paulista, caboclinho, frevo, samba lenço, samba de roda, até tambor de crioula na sua origem, samba de parelha...). Sim Há o preconceito com o ballet mas na prática ha tantas danças em solo brasileiro, que se fossem valorizadas e houvessem uma educação que integrasse e valorizasse as culturas, o preconceito com o ballet também seria facilmente combatido!!!
    Educação é a base de um povo!!

    Regina Santos
    Historiadora, Bailarina Afro, Educadora e Pesquisadora da Cultura Tradicional Africana e Afro-brasileira

    Recebido da Regina via WatsApp no dia de hoje

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