É fato que a sociedade quer nos dizer "o que ser" e "como ser" quando nós crescemos. É fato também que nós enquanto crianças escolhemos diferentes profissões: médico, bailarina,. veterinária, bombeiro... eu de fato nunca escolhi ser professora, eu sempre quis ser primeira bailarina de uma grande companhia de dança.
Mas a vida me levou em outra direção... Hoje sou professora de educação física por formação, atuo no laboratório de informática e professora de educação física em uma escola municipal de São Paulo e bailarina e professora de dança do ventre na Cia Salima Zahra e na Cia de dança Shamsa Zahra.
Agora como cheguei a fazer a educação física é outra história, que também não foi minha primeira opção de faculdade, mas não me arrependo.
Quando estava no 2º ano do ensino médio prestei como Training da UNICAMP em dança, passei nas 2 fases, mas quando prestei para valer, fiquei na 2ª lista e não fui chamada, já havia terminado o ballet clássico e decidi não fazer mais dança de faculdade, mudar de ares totalmente, nessa mesma época meu irmão tinha terminado o técnico em informática e também estava procurando faculdade.
Prestamos juntos, minha mãe para letras, meu irmão para administração - gestão de negócios e eu para secretariado executivo.
Meu irmão e eu passamos, porém o Guilherme, meu irmão decidiu fazer a matricula e eu não... fiquei indecisa no que queria de fato fazer, por esse motivo não fiz minha matrícula.
Abriu vestibular na UNIP, me inscrevi mas não prestei, precisava trabalhar primeiro... arrumei emprego, eeee, fiquei 2 anos trabalhando e ainda sem decidir o que fazer de faculdade, fui convidada a dar aula de dança do ventre e ballet clássico no CEU Perus, pedi demissão do escritório que trabalhava e depois de 6 meses dando aula e muitas conversas com pessoas da area de educação física foi que decidi de fato fazer o curso, quando falei para meu pai que iria cursar educação física, ele brigou, esbravejou, disse que eu não ia ser feliz, que ia passar fome... enfim, argumentei e fui estudar. Hoje sou formada em educação física na UNISANT'ANNA, pedagogia na UNICID, faço pós graduação em dança: arte, esporte e educação na FMU e em gestão pública educacional na UNIFESP, tenho em média 700 alunos na escola e sou muito feliz e pago todas as minhas contas.
Mas vendo essa minha história, quantas pessoas deixaram de fazer o que realmente queriam para fazer o que os pais queriam? Que não cursaram o que realmente amam por medo do que o outro vai dizer?
E acima de tudo como muitas profissões ainda são desvalorizadas pelos nossos próprios familiares, o quanto professor, bailarino, musica, etc... não tem reconhecimento da importância de seus trabalhos...
E VOCÊ FAZ O QUE VOCÊ AMA?
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