Sabe-se que o universo da dança é literalmente um universo, enoooorme... com muitos estilos e dentro desses estilos outros estilos. Cada uma com sua característica e história, cada uma com sua personalidade que nos encanta, nos encanta os olhos e abre sorriso nos nossos lábios...
Hoje vamos falar de algumas delas...
DANÇA DE SALÃO: caracterizada de várias formas e possui vários vários estilos dentro. Tem sua origem na corte do Rei Luis XIV da França. Pode ser dançada com deslocamento pelo salão em anti-horário, geralmente, quer dizer sempre é dançada em casal. Hoje tem-se a mistura de danças de diferentes lugares, por exemplo: o zouk é das Antilhas Francesas, a salsa é carinbenha, o tango é argentino... e por aí vai... é muito comum ter aulas de sertanejo universitário que na verdade é uma alteração do forró, da vanera ou da bachata. As mais comuns em aulas são: forró, samba de gafieira, zouk, soltinho, salsa, bolero, bachata, tango e kizomba. O sertanejo universitário é dado em aula especifica.
FORRÓ: é um estilo de dança e gênero musical influenciado por africanos e europeus, fruto de ritmos musicais tais como baião, xote e xaxado. É uma das danças típicas mais populares do Brasil, relacionada à região nordeste que extraiu e espalhou para o país os embalos de um ritmo ora lento, ora rápido, recheado de instrumentos como o triângulo, a sanfona e a zabumba. Comemora-se o Dia Nacional do Forró em 13 de dezembro com festas relacionadas à data. Mas, o surgimento dessa dança típica é controversa. Alguns acreditam que o termo teria origem americana, quando operários das estradas de ferro do nordeste se reuniam para dançar. Os ingleses que administravam as empresas chamavam a festa de ‘for all’ (para todos) e os nordestinos entendiam como forró. Outros afirmam que o estilo seria proveniente da palavra ‘forrobodó’, festas realizadas pelos nordestinos com danças, que já aconteciam antes da chegada dos ingleses. Contudo, algo comum nessas histórias é a presença de um ritmo quente, uma dança que transmite uma onda de alegria e movimento. Na década de 80, com o surgimento do forró eletrônico, novos instrumentos foram agregados à música, tais como a guitarra e o contrabaixo. Assim, outros tipos de públicos começaram a aderir a dança. O forró é muito curtido em shows, festas nordestinas e festas juninas.
SAMBA DE GAFIEIRA: Oriundo do maxixe, surgiu no Rio de Janeiro como uma ritmo urbano e se desenvolveu em sua origem como forma de dança acompanhada de versos e refrões criada anonimamente. Não era bem visto pela sociedade, pois não correspondia à moral e aos bons costumes da época, talvez por ressaltar a sensualidade e o gingado da mulher, ou por ser costumeiramente dançado em cabarés naquele tempo. Habitualmente esses locais que começaram a aparecer no século XIX e início do século XX em diante, eram destinados a pessoas de classe mais humildes. Os locais onde se dançavam passou a se chamar Gafieira, hoje se dança também em salões. O Samba de Gafieira, como ficou conhecido, é a maneira de se dançar a dois que diferencia do Samba no Pé.
ZOUK: Teve origem nas ilhas caribenhas de colonização francesa, criado pelo grupo Kassav, que
misturou ritmos e estilos musicais como o Calipso e a Makossa. O nome zouk vem do dialeto Crioulo do Haiti (mistura do francês com línguas africanas) tem como tradução “festa”. Ganhou esse nome em 1985 devido o nome de uma música "Zouk la sé sèl médickaman nou ni", que por ser a palavra que mais se sobressaia, acabou ficando caracterizado somente como zouk.
SOLTINHO: Não sabemos ao certo como e quando o Soltinho apareceu aqui no Brasil. Em pesquisa encontrado a dança como uma variação do Eastern Country Swing Americano, com a diferença do Soltinho ter a marcação do passo básico para os dois lados. Também foi chamado em algumas fontes de swing ou rock brasileiro. É uma dança que junta a ginga e o improvisação brasileira ao rock e o swing dos EUA.
O primeiro ponto a ser esclarecido é que, diferente da maioria dos outros ritmos (como o samba, o tango ou o rock), o Soltinho é apenas dança, não tendo música característica. Não se pode afirmar: esta música é um Soltinho, e sim, esta música pode ser dançada como Soltinho. E que músicas são essas? Todas as que tenham balanço, que normalmente eram dançadas separadas. Experimente entrar em uma loja de CDs e pedir um de Soltinho. Se o vendedor for honesto dirá que não sabe o que é, pois o termo é conhecido apenas no mundo da dança de salão. No Rio de Janeiro o Soltinho começou a ser dançado a partir da década de 80. Nos salões paulistanos ele começou a ser dançado no início da década de 90, pegando carona com o sucesso do samba de gafieira e do bolero vindos do Rio de Janeiro. O ritmo é contagiante pela sua relativa facilidade no aprendizado, pelos giros e alegria dos passos e pela improvisação no estilo. Além disso o Soltinho pode substituir outras danças: pode se dançar um swing, um rock lento ou mesmo um fox-trot.
SALSA: nasceu na Ilha de Cuba, mais propriamente em Havana, no interior dos famosos cabarets cubanos, na década de 40. Ela é uma mescla de vários temperos musicais, daí ser batizada com o termo que se refere aos condimentos gastronômicos que dão mais sabor ao alimento. Ela une sua musicalidade básica, o son cubano, ao mambo e à rumba, provenientes também de Cuba, à bomba e à plena, originários de Porto Rico, ao samba brasileiro, enfim, compõe-se de uma fusão de vários ritmos afro-caribenhos, pois é igualmente inspirado pelo merengue que irradia da República Dominicana, pelo calipso que chega direto de Trinidad e Tobago, pela cumbia tipicamente colombiana, pelo rock enviado dos EUA e pelo representante jamaicano, o reggae. Versátil, atualmente ela aceita cadências mais recentes como o rap ou a música eletrônica.
BOLERO: alguns historiadores o bolero teria tido origem na Europa, em Espanha, durante o período do domínio árabe, no século X. Nesta altura seria conhecido como “bolero de Algodre” e seria destinado a ser dançado por um homem e duas mulheres, em passos de dança sóbrios e elegantes dentro de uma toada religiosa. Outros estudiosos admitem que o bolero possa ter nascido na Europa e ter sido depois levado para a América, em especial Cuba, aonde se teria misturado com ritmos africanos. Dentro dessa tendência encontram-se menções a um dançarino de nome Sebastian Lorenzo Cerezo que teria sido o primeiro criador de uma nova dança chamada bolero. Outras vozes defendem que o bolero nasceu em Santiago de Cuba, em 1883/85, pela voz do cubano José Pepe Sanchez na canção “Tristezas”, tendo alcançado êxito no México e depois em toda a América Latina.
BACHATA: é um ritmo musical e uma dança originário na República Dominicana na década de 60. Considera-se um híbrido do bolero (sobretudo, o bolero rítmico) com outras influências musicais como por exemplo o cha-cha-cha e o tango. O cantor americano Romeo Santos é considerado o rei da bachata. O chamado bolero ritmo latino-americano, nos anos 30 até aos anos 50 faziam as delicias do povo dominicano, e, com esta influência, nasceu a Bachata nos finais da década de 50, no entanto, apenas nos anos 80 teve o seu reconhecimento e foi lançada mundialmente a fim de aumentar o turismo na ilha.
TANGO: É uma variedade musical nascida no final do século XIX, possivelmente nas periferias de Buenos Aires e de Montevidéu. Este ritmo é uma mistura de várias sonoridades, embora nada se saiba concretamente sobre suas origens. Segundo alguns estudiosos, este estilo seria descendente da ‘habanera’, criada na cidade de Havana, em Cuba. A princípio, o tango esteve ligado aos prostíbulos e bordéis, locais freqüentados principalmente pela vasta massa masculina de imigrantes. Como só as prostitutas se aventurassem pelas veredas desta dança, no começo era normal ver pares de homens bailando ao som deste estilo musical. Os músicos desta modalidade não sabiam ler nem elaborar partituras, portanto estas são raramente encontradas. Tudo é, portanto, obscuro no que se refere aos primórdios do tango. Sabe-se que o bandoneón, instrumento hoje associado a este ritmo, desembarcou no território do Rio da Prata em 1900. Mas o tango logo alcançou outros patamares, deixando de se restringir ao submundo, atingindo primeiro as populações operárias e depois as famílias mais abastadas, especialmente após seu triunfo em solo europeu. Seus acordes melódicos eram produzidos por flauta, violino e violão, o primeiro instrumento depois substituído pelo tradicional bandoneón. Seu ar de tristeza e saudade foi adicionado a esta receita de sucesso pelos imigrantes, nostálgicos de sua terra natal.
KIZOMBA: É um género musical e de dança originário de Angola. O termo "kizomba" provém da expressão linguística Kimbundo, que significa "festa". Kizomba como dança nasceu nos anos 80 em Luanda, após grandes influências musicais do Zouk (das Antilhas) e tem na sua origem o Semba. É relevante dizer que as grandes festas entre amigos já eram chamadas de "Kizombadas" nos anos 60, visto que nesta altura não existia kizomba como dança ou género musical.
DANÇA DOS LEQUES DAS GUEIXAS: antes de falarmos dos leques, vamos entender o que são as gueixas. Gueixas, da cultura japonesa, são mulheres formadas tradicionalmente neste país (japão) nas artes musicais, na dança e nas irresistíveis habilidade de atrair e cativar um home. Veja bem, elas não eram e não prostitutas, podem cortejar, mas não ultrapassam essa barreira e se negam a discutir a questão sexual, em sua cultura são muito respeitadas. Já os leques possuem um forte peso na cultura japonesa assim como as gueixas. Já foi usado para definir status social, já foi usado em ritos religiosos e são parte dos ornamentos da gueixa.
Como viram as gueixas são formadas em dança e o leque faz parte das vestimentas delas. Nada mais justos que unir os dois. A dança do leque, é uma das muitas que a gueixa faz, o leque é usado como acessório para complementar os movimentos dando um maravilhoso ar de mistério em seus movimentos e em sua dança.
DANÇA CONTEMPORÂNEA: surge nos anos 60 nos Estados Unidos, veio da dança moderna, mas não possui uma técnica única estabelecida, igual ao balé clássico, que tem as escolas a se seguir, todos o s tipos de pessoas podem praticá-la. Sua técnica não delimita estilos de roupas, músicas, espaços ou movimentos. Não há mecanismos definidos, há antes processos e formas de criação. Emerge uma nova noção de corporalidade, buscando um sentido mais experimental, menos estratificado. Não existe um corpo ideal e sim um corpo multicultural que tem várias referencias. O que importa é a transmissão de sentimentos, ideias e conceitos. Usamos nessa dança o nosso banco de memória de movimentos, ou seja, podemos usar todos e qualquer movimentos já aprendidos anteriormente.